segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

- O TEXTO DE NÚMERO 100 !!!!

Não poderia deixar de aproveitar a finalização de mais um ano ..aproveitar este clima de festas, nostalgias e lágrimas e expor aqui uma retrospectiva de muitas coisas escritas aqui durante todo este tempo. Este é o texto de número 100! Pensei em escrever algo que marcasse este número tão exato; sobrevieram- me dezenas de ideias e suposições; rascunhei alguns assuntos e textos, deixei alguns fatos marcados, mas nada me tocou de verdade.
Como estamos num final de ano, nos preparando para as festas e aguardando um novo ano, achei por bem finalizar este texto de número 100 com um outro modelo de texto e sobre um assunto nem tanto relevante, mas não menos importante.
Em 2013 muitos fatos e acontecimentos marcaram mais um ano no mundo; e não é novidade para nós que em todos os anos aconteçam alguns fatos que deixam marcas a serem relembradas um dia. Não vou aqui trazer à tona tragédias e momentos espetaculares, muito menos trazer motivos para comover ou para chocar; irei apenas relembrar aqui que cada um de nós, individualmente, tivemos todos os momentos neste ano passado - desde o mais feliz até o mais triste, desde o mais difícil e complicado até aquele que o tempo resolve, desde o mais comum no cotidiano das pessoas como o mais complexo a ser resolvido.
Mesmo com todos estes acontecimentos, estamos aqui, finalizando mais um ano e com certeza, se você chegou até aqui, é porque conseguiu ultrapassar obstáculos, vencer barreiras e ainda tem forças para continuar daqui para a frente.
Este ano que está passando, deixei aqui textos de todos os tipos : reflexões, discussões, debates, polêmicas, conceitos, verdades e inverdades e tenho certeza que na maioria, agradaram ou revoltaram a muitos, porém, com toda certeza, para aqueles que tem um pouco mais de proximidade com o intelectual, meus textos, puseram-nos a refletir melhor sobre nossos próprios conceitos daquilo que são " verdades " e que não há uma verdade absoluta.
É bem claro que, no próximo ano haverão mais textos, mais polêmicas, mais motivos para agradar a uns e desagradar a outros, mas enfim, não me preocupo e nunca me preocupei com isso; não nasci para agradar a ninguém, faço e falo tudo aquilo que acredito ser correto e brigo pelas minhas convicções.
É óbvio também que meus planos e objetivos vão além de ficar neste simples blog postando minhas ideias e com certeza, num momento não tão distante, estes textos e os demais que virão, estarão eternizados num livro.
Eu entristeço meu coração com os que desistiram, me alegro com os que continuam e deposito minhas esperanças e minha fé num futuro muito melhor e bem distante daquilo que já vivi até aqui; os objetivos são concretos, os projetos estão em ordem, a força e a coragem a postos e o que espero é apenas que o " destino " compactue comigo naquilo que desejo alcançar.
Ao mundo espero sim, que em todos os âmbitos, universalmente, à todos, sem distinção, a humanidade evolua para o bem, as pessoas amem mais ainda o seu próximo, e o distante também, e sejam mais humanos e sinceros; que a caridade e o amor preencha os corações vazios e a convicção de dias melhores sejam a nossa força.
Em 2013 nasceram e morreram famosos e anônimos, cresceram e evoluíram grandes e pequenos, muitos desceram degraus e outros subiram e o ano passou, como todos os anos, cheio de vida, cheio de experiências vividas e de conhecimento alcançado.
Renovar as forças, construir as ideias e dar ânimo á vontade de vencer deve ser um estímulo constante em nossas vidas; buscar mais profundamente em nosso ser um aperfeiçoamento maior do nosso EU interior para transformar o que é exterior; colocar em prática ações que beneficiem, não só a nós mesmos, mas também, àqueles que estão ao nosso redor.
De fato que muitas coisas se renovarão, novas acontecerão e outras até podem retornar do passado, mas é certo que neste círculo vicioso que é o mundo, com todas as suas evoluções, tudo, por mais conhecido que seja, pode tornar-se novo aos nossos olhares.
Os anos vão passando e com eles cada momento nosso; a vida passa aos nossos olhos e muitas vezes, desapercebida; deixamos muitas vezes de perceber pequenas coisas, pequenos detalhes, coisas simples que poderiam surtir um efeito bem diferente se as tivéssemos percebido.
Enfim, mesmo com tudo isso, a vida continua, e assim como a vida não pára, nós também não devemos parar...olhando sempre para o horizonte...

Um ótimo Natal à todos, indistintamente, e um Novo Ano cheio de realizações e conquistas, na esperança de coisas novas e boas na vida de cada um de nós, universalmente.


Por : Fátima Alcântara






   

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Dezembro em festa!

Está chegando aquele dia ao qual as pessoas tentam dar um sentido diferente, um ar de harmonia, paz e amor e uma motivação para mudanças em todos os sentidos humanísticos. Na verdade, o sentido real deste dia, deveria realmente ser este.
Não sei se poderemos mudar o que realmente denota hoje, o sentido de " Natal "; preponderantemente comercial, transforma uma data comemorativa num evento luxuoso e cheio de brilho, sem ter que se preocupar se o luxo e brilho se estende a todos.
Na cultura cristã, era pra ser uma data realmente comemorativa e bonita, cheia de motivos para ser festejada e lembrada, já que foi escolhida para ser a comemoração do nascimento de um homem, cuja trajetória foi de ensinamentos de amor, paz e harmonia.
Muito embora, saibamos que, esta data foi escolhida de forma comercial, pois não é possível precisar com certeza o real nascimento deste homem, muito menos  a data real deste acontecimento propagado no mundo inteiro.
Sem nos atermos à história sobre esta figura, conhecida universalmente, podemos analisar hoje, quando vemos nas ruas das cidades, principalmente nas grandes metrópoles, a correria do final de ano, também já universalmente conhecida; porque, seja aqui ou em qualquer outra cidade do mundo, os seres humanos, em alguns atos e costumes, são muito parecidos; as culturas são iguais, assim como o senso comum.
Este é um momento onde estamos envoltos no " capitalismo selvagem " e com o domínio do consumismo, onde as mídias estão jogando todas as cartas para enriquecer suas propagandas comerciais e " cegar " as vistas dos consumidores numa guerra ferrenha para fazer o seu " melhor Natal ".
Nestes dias, próximos ao Natal e Reveillon, as ruas estão abarrotadas de pessoas, correndo, preocupadas, com mil olhares para as vitrines e propagandas das lojas em busca de apetrechos e presentes de Natal, apagando assim, todos os obstáculos e dificuldades sucedidos durante o ano e que " devem ser esquecidos " num mês de festas como este.
Aqueles que estão à margem destas festas de dezembro, encontram-se deitados no chão das ruas, sujos, famintos e sem perspectiva, vendo passarem, desapercebidos e aflitos os participantes deste momento sublime.
Ornamentações, brilhos e cores são usados para enfeitar as ruas e casas, anunciando a chegada de um dia, conhecido como " especial "; Natal, já soou em outros tempos uma musicalidade mais agradável ao coração; hoje é refúgio dos alienados e inertes seres humanos.
O mais imbecil e desprezível sentimento ecoa nas vozes que gritam ao ar - hipocrisia - e enfeitam suas falsas expectativas de um " mundo melhor ", mas que todos os anos, se mostra retroativo, indiferente às tais perspectivas dos homens.
Mas enfim, muitas vezes as pessoas preferem doces mentiras que amargas verdades. Vamos fingir que está tudo maravilhoso e aproveitar as festas de Dezembro para iludir um pouco nossas mentes e nossos corações de que passando o dia 31/12/2013 tudo será diferente, tudo será renovado e teremos melhores momentos que os passados.
Vamos fingir que acontecerá sim, um mundo melhor, pessoas e sonhos melhores; que nós seres humanos seremos pessoas mais conscientes, amantes do próximo, leais e verdadeiros e que seremos todos iguais em todas as sociedades, sem discriminação alguma em aspecto algum.
Já que consideramos este dia como um dia de reflexões, ponderações e mudanças, façamos isto de forma honesta conosco, não de uma forma simbólica, falarmos da boca pra fora, mas  permitirmos esta renovação, esta mudança de verdade.
A todos os amigos e leitores, próximos ou distantes, que este Natal traga bons motivos para que 2014 seja ainda melhor e que possa realmente acontecer algo diferente e grandes mudanças em nossas vidas e no mundo.

FELIZ NATAL  À TODOS UNIVERSALMENTE, COM GRANDES PERSPECTIVAS DE UM MUNDO MELHOR E MAIS HUMANO!

Por : Fátima Alcântara





domingo, 15 de dezembro de 2013

O Passado

Sempre que falamos ou pensamos na palavra " passado ", as pessoas tem sempre uma opinião diversa e um conceito incerto sobre o tema. Falar de passado já virou um clichê no cotidiano das pessoas, mas que é, de certa forma, impossível deixar de falar. Entre uma conversa e outra sempre surgem alguns fatos e acontecimentos que, obrigatoriamente tem que vir à tona.
Existem " frases " já pré-estabelecidas sobre o assunto que acompanham pensamentos, ideologias e conceitos de pessoas e suas experiências já vividas; passado, por si só, já define aquilo que já passou e o que já passou, talvez, não volte, o que já passou, talvez, tenha caído no esquecimento, o que já passou, talvez, não exista mais.
Alguns pensam ou acreditam que o passado deve ser esquecido, deixado lá atrás, outros que o passado está morto pois ficou num momento da vida que não volta mais, outros que o passado não acrescenta em nada, portanto, não deve ser relembrado ou remexido.
Talvez, estes pensamentos estejam todos em concordância para chegar a um fator comum, talvez, cada um, separadamente, tenha um ponto de verdade ou talvez nenhum deles esteja correto; como sempre, cada verdade, pode não ser a mesma universalmente falando, mas pode ser uma verdade em si, para quem acredita nela.
O passado, passou, mas as lembranças não. O passado foi nossa história, foram nossos anos de vida vividos, foi um dia feliz e outro triste, foi um momento bom e outro ruim; o passado foi uma evolução do nosso aprendizado, das experiências até então vividas, do conhecimento adquirido, dos fatos acontecidos, uma parte de nós.
No passado ficaram todas estas coisas, que, querendo ou não, nos construíram, nos transformaram, nos fizeram evoluir, crescer, amadurecer; mesmo em meio a obstáculos, dificuldades, êxitos e conquistas. No passado ficaram cada minuto vivido, cada sorriso e cada lágrima; ficaram fatos que somaram para que, o que somos hoje, tenha se concretizado; ou ficaram tudo aquilo, que por mais doloroso que tenha sido, nos fizeram mais sábios e fortes, para sermos o que somos hoje.
Ficaram no passado pessoas que te fizeram sorrir, mas também os que te fizeram chorar; ficaram no passado motivos pra se fazer recordar como aqueles para esquecer; alguns te arrancaram lágrimas de dor, outros de alegria; alguns que trazes até o presente, outros que foram deixados lá.
No passado ficou tudo aquilo que nos comove, se para dor ou alegria; ele é a base para o nosso presente e aquele que condiciona nosso futuro; não há presente e nem futuro sem passado, assim como nosso presente hoje será o passado amanhã.
A vida é um ciclo e este ciclo não se rompe até o momento da partida desta vida pra outra, portanto, não há vida sem passado e não há passado que não se possa lembrar. Nele ficaram peças importantes que nos construíram  para sermos o que hoje somos, ficaram momentos, circunstâncias e situações que de uma forma ou de outra somaram para que o nosso presente fosse como é.
Uma coisa é certa sobre o passado - ele encerrou um ciclo de nossas vidas - ficaram para trás, momentos, lugares, coisas e pessoas, para dar lugar à novos momentos, novos lugares, novas coisas e novas pessoas. O momento presente é o que nos importa viver e o futuro, aquele que se espera sem saber.



Por : Fátima Alcântara


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Socialismo X Capitalismo

Quem somos nós, meros mortais, para termos em nossas mentes, a fórmula ideal para solucionar este conflito social tão complexo e imprevisível, numa sociedade norteada, no âmbito social, por divergências exorbitantes entre classes sociais ? Discussões, debates, propostas, ideias e métodos mirabolantes contracenam na busca de uma fórmula ideal para resolver um problema que cresce visivelmente em meio à uma sociedade capitalista, mais preocupada com riquezas individuais do que com a prosperidade coletiva. Regidos por um sistema político-econômico capitalista, nossas características são de domínio total ou parcial de todos os meios de produção, controle de mercado desempenhado pela livre concorrência e a competição, investimentos altíssimos, direcionados ao desenvolvimento dos setores produtivos provenientes de capitais privados e a divisão da sociedade, em classes, sendo uma composta por uma elite, donas dos meios de produção e a outra formada pela maioria, o proletariado, os trabalhadores. Hoje, fala-se em uma alteração nas classes sociais, com a " ascensão " da classe C; podemos até concordar em partes, pois podemos perceber que esta suposta ascensão é definida apenas pela propriedade de uma moradia própria ou de um veículo automotor. Para KARL MAX, existe em toda sociedade caracterizada pelo capitalismo desenvolvido, a classe dominante e a classe dominada, como consequência desta divisão, a humanidade presenciou várias lutas de classes, ou seja, cada uma tentando impor o seu jeito e maneira de viver para tentar superar e dominar as demais. O nosso cotidiano está permeado de conflitos sociais que chocam a sociedade como um todo e nos deixa perplexos, atônitos ao tentar enxergar no horizonte, um mundo mais digno e bom para a sobrevivência humana. Sendo o principal objetivo do capitalismo, o lucro, proveniente da acumulação de capital, resta apenas compreender porquê este acúmulo limita-se a pouquíssimos numa sociedade de milhões de habitantes, numa terra fértil e rica. Com a Revolução Industrial, surge o capitalismo, firmando-se como novo modo de vida; com a revolução, a competição entre os países tornou-se mais intensa e com isso uma nova colonização e exploração com baixos salários à classe trabalhadora. Foi aí que o proletariado encontrou uma arma para lutar contra a exploração de seu trabalho - a greve. Pelo senso comum, pela percepção daquilo que é subjetivo no cotidiano do ser humano, percebe-se a sutileza nas guerras frias travadas entre pobres e ricos; as duas classes, dominante e dominada travam complexas batalhas, mas sempre predominando e vencendo-as aquele que tem o poder aquisitivo como maior arma. Este sistema tem uma grande capacidade de geração de riquezas, mas de uma forma desigual, mal distribuída, restrita a uma pequena parcela da população; daí surge as divergências entre capital e trabalho de um lado,com a luta do proletariado em busca de melhores condições em diversos aspectos como aumento salarial, diminuição de jornada de trabalho, melhores condições, entre outras reivindicações trabalhistas e dou outro lado, com os detentores do capital e dos meios de produção com a exploração de mão-de-obra para adquirir maior lucratividade e acúmulo de capital. Na sequência, a degradação ambiental, é o meio para obtenção de diversos recursos; retirados da natureza como matéria-prima para a produção em massa e o consumo na mesma proporção; a devastação da natureza para suprir o lucro desenfreado e a ambição desmedida do homem demonstra a natureza incapacitada de se regenerar e o mundo sofre as consequências e os reflexos disso o aquecimento global, elevação dos oceanos, mudanças climáticas, escassez de água, etc... A desigualdade social, também um reflexo deste sistema, dá ênfase à exploração de mão-de-obra que vai tornando-se mais barata pela falta de emprego e, consequentemente, a modernização e a tecnologia, diminui os postos de trabalho e a disparidade econômica aumenta. O ponto máximo nos intuitos do capitalismo que concentra nas mãos de poucos as riquezas de um país é o consumo; para escravizar ainda mais as pessoas e manter o consumo sempre em alta, usa-se uma série de artifícios, entre eles, a propaganda, a mídia; anúncios publicitários influenciam as pessoas, até mesmo de forma inconsciente e com esta busca incessante de obter bens materiais que se perde aquilo que não é interessante para o sistema - os valores humanos. Interessante lembrar aqui uma velha frase : " Você vale quanto tem no bolso, ou seja, na sua conta bancária. " Valores como caridade, amizade, solidariedade, companheirismo e até relações amorosas se perdem embaixo do rastro dourado do capitalismo. Importante se faz lembrar que o sistema capitalista não tem somente um lado negativo, há também um lado positivo que vale ser lembrado, mesmo que estando em desvantagem com seu lado negativo; no capitalismo, a liberdade de expressão, a liberdade comercial ( abrir seu próprio negócio), escolha do trabalho e obtenção de bens. Resta-nos lembrar que na verdade, não havendo entre os homens, a ambição desenfreada, a corrupção e o desejo de domínio do povo, qualquer sistema pode ser adequadamente instaurado num país e tornar-se vantajoso a todos em geral. Já em contrapartida, o socialismo, outro sistema econômico, prioriza e enfatiza a igualdade econômica entre todos os indivíduos sob a supervisão do Estado. O crescimento no socialismo é mais homogêneo, eliminando as desigualdades sociais imensas e desumanas regulando e igualando as riquezas. Com o socialismo, o Estado controlaria os conflitos entre as classes e indivíduos e também os setores sociais públicos necessários à sobrevivência humana. Já as suas desvantagens estão na menor diversidade e concorrência, na quase impossibilidade dos negócios, á que o Estado detém o domínio sobre o capital e a dificuldade do Estado no controle de tudo e a baixa geração de riquezas. E onde surge a fragilidade destas teorias? Porque nenhuma das duas consegue ser totalmente adequadas à uma sociedade? O que impede que funcionem? Resposta : O homem - o sociopata! Pela complexidade do ser humano em todas as suas características subjetivas e objetivas, vemos a resposta para uma sociedade beirando o caos econômico e social; para todos os grandes estudiosos sobre o homem, cada um com sua concepção, divergiram em suas teorias tentando encontrar nelas a explicação real para este fato. Uma coisa é certa e visível até aos leigos- o que nos leva a este caos mundial na economia dos países é, sem dúvida alguma, o homem predominando os próprios interesses em detrimento dos demais. Sem este fator, todas as coisas terão sua regularidade de forma simples e frequente. "A desvantagem do capitalismo é a desigual distribuição das riquezas; a vantagem do socialismo é a igual distribuição das misérias. Winston Churchill. " O ser humano jamais estará voltado ao socialismo ou capitalismo, pois sua natureza individualista e ambiciosa não permitirá que anseie por igualdade; o que todos querem na verdade é tirar vantagens em tudo e sobre tudo; ocultam uma máscara de solidariedade e justiça, quando na verdade querem apenas que tudo no mundo seja direcionado aos seus próprios interesses e que todos, menos ele, estejam mergulhados em um rio de lamas para que ele possa estar acima de todos.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Um " ser assim "

Não sou do tipo que agrada a todos, aliás, não agrado a quase ninguém...é difícil agradar as pessoas quando você está quase sempre do contra. Quando alguém diz que adora ouvir " funk " eu já estou torcendo a cara e fazendo caras e bocas; quando alguém demonstra amabilidade demais, simpatia demais, eu cá já estou a olhar com aquele ar de desconfiada e disfarçadamente, com um pé atrás.
Não sou do tipo que dá sorrisos à todos, mas sou do tipo que sorri à toa, dando sorrisos gratuitos, alguns para quem eu gosto de forma amistosa, outros só pra provocar mesmo. A pior situação entre as pessoas é aquela em que exige da pessoa que ela seja sincera, o que na verdade, ela não consegue ser, e lá estou eu a dizer a verdade nua e crua, olhando para os olhares estarrecidos e surpresos com minha frase direta e autêntica.
Enquanto as pessoas olham seus ídolos, chorando e se rasgando por causa deles, eu estou aqui a dizer : " Quem é esta pessoa? " Enquanto tomam por exemplo um ídolo que sequer sabe que existem, um ídolo drogado e com uma vida fútil e permeada de maus exemplos, eu entro falando do meu maior exemplo - minha mãe.
Não sou do tipo que agrada a todos, mas os poucos que agrado, me admiram, me conhecem do avesso, sabem quem sou, porque sou o que sou. Já dizia minha amada mãezinha : " Menina, não sei de onde foi que Deus tirou a ideia de fazer uma pessoa como você. " Foi daí que tirei a frase : " Não vim para seguir regras e sim para quebrá-las. "
As regras do jogo sempre são aquelas que o mundo designa, são aquelas regras da maioria, sem  a prerrogativa da razão, do pensar, da reflexão; não sigo os caminhos ordenados por formadores de opiniões, por líderes de massa ou por pessoas com poder de persuasão. Sou do tipo que ouve a tudo, analisa e prepondera os dois lados da situação, chegando a um veredicto meu, um conceito meu, uma verdade só minha.
A alienação cultural é um dos piores males do ser humano na terra, não permitindo a existência de pessoas livres, sem pré-conceitos e tabus; não permite o crescimento espiritual e humano, não permite que a raça humana evolua na medida ideal.
Não sou do tipo que levanta bandeiras a quem não tem méritos, não sou do tipo que espera acontecer pra ver no que dá e não sou do tipo que se acomoda com aquilo que me oferecem. Sou do tipo que, mesmo exausta, me mantenho de pé e mesmo envergando ( como a Palmeira), mas a raiz está firme na terra e não há vento forte que a arranque dali.
A mídia arrasta a milhões, alienados e preguiçosos, a imitar as suas ideias e transferí-las aos seus descendentes, mas eu prefiro um ponto de interrogação antes da aceitação de tudo que impõem. Não sou do tipo que absorve os moldes de uma sociedade alienada e ignorante, sou do tipo que transforma as ideias num emaranhado de porquês.
Um dia me chamaram de sonhadora só porque acredito nos meus ideais e verdades e mesmo vendo a multidão agindo de forma contrária, ainda assim, mantenho minha opinião daquilo que acredito ser a minha verdade. Vou em busca daquilo que acredito e não danço conforme a música ou nado a favor da maré.
Não sou do tipo que adota de imediato a linguagem, os trejeitos, as gírias e os moldes desta sociedade alienada; sou do tipo que rejeita aquilo que não acrescenta e despreza aquilo que no meu entendimento, para mim, é ruim.
Eu sou do tipo que...tipo assim....(kkkk...brincadeirinha)...odeio esta palavra colocada inadequadamente numa frase, sem uso e sem necessidade transformando o português num violão com uma corda quebrada. Sou do tipo que passou por várias décadas ( 4 ao todo...kkkk....nem tantas assim) vendo todos os tipos de " evoluções " humanas, mas vendo também, as pessoas voltarem ao retrô, por falta do que inventar.
Sou do tipo que prefere mulheres " cheinhas..que enchem uma cama " do que aquelas " cheinhas..de ossos ", estereótipo da mídia, estabelecendo regras físicas, quando o ser humano é só um envólucro de algo que pode ser muito mais belo que seu recipiente.
Não sou do tipo que agrada a todos porque, infelizmente, na maioria das vezes, as pessoas preferem ouvir uma bela mentira, do que uma dolorosa verdade; daí vem o espanto das pessoas quando se deparam em situações em que, todos estão disfarçadamente retraídos em responder uma pergunta simples com a verdade e eu, sem nenhuma cerimônia, respondo na lata, doa a quem doer.
Não sou do tipo que, por um determinado ídolo, encontrar-se no ranking da fama, sou fã " nº 1 " dele; primeiro que não se pode precisar quem é o nº 1, depois que nesta situação tanto faz, já que este ídolo, nem sequer sabe que o fã nº 1 existe. Sou do tipo que admira as qualidades sem deixar de perceber os defeitos. Nada de adoração desequilibrada.
Enfim, não sou do tipo que se importa com o que falam e pensam de mim; sou do tipo que aperta o botão do foda-se e faz e fala o que quer e quando quer. Não sou do tipo que vai agradar a todos, e nem quero, porque nem todos acrescentam algo à minha vida, mas sou do tipo que se importa, com os poucos, mas essenciais pra mim.
" Não me importa o quê ou quem você seja, o que me importa é que você tenha caráter e conquiste em mim o que de mais valioso há. "
Verdade, Lealdade, Caráter....sempre!



Por : Fátima Alcântara




" A justiça como meio de promover a igualdade social " (Parte do meu TCC)


_A Justiça e o Direito como ferramentas contra a desigualdade 

" A justiça é a virtude ou a vontade firme e perpétua de dar a cada um o que é seu. " Ulpiano.
Esta justiça não é direcionada à um indivíduo apenas, mas abrange todas as relações humanas e sociais.
" Direito é aquilo que é justo, correto e bom. Prerrogativa legal, um conjunto de normas de vida em sociedade que visam expressar e concretizar um ideal de justiça, traçando as fronteiras daquilo que está ou não em conformidade com as leis.

_A desigualdade, reflexo de uma sociedade sem organização e princípios

Os homens exercem naturalmente seus instintos, não sendo nem bom nem mal, mas um ser amoral. Isto significa que na natureza os homens não se agridem mutuamente sem uma motivação, mas apenas por legítima defesa. Além do mais, a desigualdade surge quando alguém cerca um lote de terra e diz - " isto é meu ". Em razão disso, outros homens são levados a fazer a mesma coisa e reúnem-se ou associam-se para usufruir daquilo que a terra lhes oferecer. Mas com isso também se cria um modo de sobrevivência organizada que exclui grande parte dos homens, dos benefícios da natureza. Agora, desprovido do seu alimento e de sua liberdade, por causa da instituição da propriedade privada, o homem torna-se subordinado daqueles que a detém. A propriedade faz perder a liberdade natural. Jean-Jaques Rousseau

"...se vemos um punhado de poderosos e de ricos no auge da grandeza e da fortuna, ao passo que a multidão rasteja na obscuridade e na miséria, é porque os primeiros só estimam as coisas de que gozam na medida em que os outros delas carecem e, sem mudar de estado, cessariam de ser felizes se o povo deixasse de ser miserável. " Jean-Jaques Rousseau

_A promoção da igualdade estabelecida pela lei e pela justiça

Nossa carta magna erigiu a dignidade da pessoa humana como fundamento da República Federativa do Brasil (Art. 1º, III). Uma destas eleições é a dignidade da pessoa humana, a qual, subentende-se que, dignidade é ter às mãos, no mínimo, o alcance das necessidades básicas para sobrevivência digna e essencial.
O que faz-nos pensar a relação entre o disposto no artigo 6º, caput da Constituição Federal e o que realmente é feito pelos nossos governantes : " São direitos sociais, a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta constituição.
O texto em epígrafe não deixa sombra de dúvida em relação à intenção do legislador quanto às garantias constitucionais para o desenvolvimento e sustentação da família e de uma sociedade solidificada. Amparados e podendo contar coma defesa do Estado, da justiça e do direito, o que se poderia apreciar hoje, seria uma sociedade sólida, ao menos, com o mínimo de desigualdades e bem estruturada para as gerações futuras.
Para solidificar ainda mais estas garantias, o legislador reforçou esta norma na Constituição Federal - artigo 7º, IV - " São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social : salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender à suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim. " 

Segundo cálculos do DIEESE - Departamento Intersindical de estatísticas e estudos socioeconômicos, o valor estipulado para atender todas as necessidades elencadas na Constituição Federal, seria de R$ 2.824,92; alguns economistas concordam que o valor do salário mínimo brasileiro, R$ 678,00, é insuficiente para suprir todas as necessidades do trabalhador brasileiro, no entanto, alguns entendem que, a realidade econômica e estrutural do país não suportaria em salário maior.
Segundo o professor Leonildo Tchapas da UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - o valor depende da produtividade do país e o Brasil produz pouco. A bem da verdade, deixando de lado os cálculos e a economia como fundamento para justificar este salário " mínimo ", basta vontade política para usar recursos orçamentários e melhorá-lo.
Além de todas as políticas públicas necessárias para o desenvolvimento do país e das melhorias para a população, também há que se pensar num dos motivos principais para que a desigualdade seja diminuída, senão exterminada - a corrupção e os altíssimos salários dos políticos no Brasil e dos gastos do dinheiro público com mordomias à estes direcionada. Concorrente, a corrupção que assola o país, nas diversas roubalheiras que acontecem em diversos setores públicos e na administração pública.

_A justiça como meio de promover a igualdade social

" Requer que se removam as principais fontes de privação de liberdade : a pobreza e tirania, carência de oportunidades econômicas e destituição social sistemática, negligência dos serviços públicos e intolerância excessiva de estados repressivos.  Amartya Sen
" A justiça é a virtude primeira de todas as instituições sociais. " Portanto, prover os meios aos hipossuficientes, necessários a uma vida digna é dever do Estado, que tem obrigação pelo cumprimento das normas estabelecidas. John Rawls
A declaração Universal dos Direitos Humanos - fruto da necessidade de se compartilhar valores comuns da sociedade, traz o imperativo de se criar medidas de cunho igualitário, que tenham aplicação extensiva a todas as camadas sociais.
É impossível haver justiça sem que haja igualdade de oportunidades e liberdade para que as pessoas optem por um ou outro modo de vida.  A escolha deve ser fruto das opções promovidas pelo Estado a quem quiser galgar patamares mais altos e tornar melhor a sua sobrevivência num país de múltiplas riquezas, que ora são mal distribuídas e mal direcionadas.
Dentro deste contexto, devemos entender que, não obstante existir aqueles que preferem isolar-se de uma sociedade capitalista e viver no submundo desta, havendo oportunidades proporcionalmente iguais à todos, não haveria que se falar em desigualdade social.
 Não se pode preestabelecer uma fórmula para resolver este problema que, nas últimas décadas, tornou-se fato em diversos países de todo o mundo, mas pode-se com certeza, reduzir, ou até mesmo exterminar com a desigualdade, com educação, saúde e vontade política para dar aos seus cidadãos melhores condições de vida.
Um dos principais fatores a ser exterminado é a corrupção; todo o dinheiro roubado dos cofres públicos fariam grandes mudanças na sociedade como um todo, a distribuição de renda também é fator importante para que haja igualdade de oportunidades e crescimento.  Quanto a distribuição de renda, pode-se pensar que dentre milhões que sobrevivem de um salário mínimo, existem aqueles considerados milionários que somam riquezas entre contas bancárias e imóveis e que deveriam ser limitados quanto ao volume de riqueza.
Há solução para a desigualdade; basta que haja vontade política de melhorar o país como um todo, afetando assim as demais áreas da sociedade, beneficiando a todos de modo geral e consciência da nação em descruzar os braços e cobrar dos seus governantes um trabalho em função de uma sociedade melhor.


Por : Fátima Alcântara






domingo, 1 de dezembro de 2013

Vida e morte, seres humanos....

Assim como tudo na vida, nada acontece por acaso e tudo tem seus dois lados - positivo e negativo; numa sintonia harmonizada, a vida, na sua mais sublime melodia, escreve os destinos sem permitir-nos que saibamos o porquê.
Os dias vão e vem, seguindo uma trajetória intensa de fatos e acontecimentos que por muitas vezes passam desapercebidos por nós e, muito embora, façamos projetos e tracemos rotas, nem sempre, todos os acordes soam no mesmo tom.
A musicalidade e a beleza dos acordes nem sempre agradam todos os ouvidos; a música nem sempre é aquela que queremos ouvir; os acordes são perfeitos, divinos, exatos, mas o seu efeito, aos ouvidos de cada um, soam com tons diferentes.
A vida, assim como sonhamos e projetamos não segue o nosso ritmo, mas a sua própria melodia, seus próprios acordes, sintonizando aquilo que deve ser; ainda que todas as batidas e os compassos sejam harmoniosos, ela segue sua sequência natural para fazer a melodia que entende ser ideal.
Nascemos, crescemos, vivemos e morremos...tudo num compasso igual, apenas com circunstâncias diferentes, mas a todos, ela leva a um único final, um único acorde - a morte. E o que é a morte em nossos pensamentos? Sabemos que ela está ali, sabemos que ela virá, mas preferimos ignorá-la, não pensar, não falar até.
Ela é o último elo de toda uma trajetória traçada, é o que põe fim numa sequência de anos vividos, bons ou ruins, alegres ou tristes, ricos ou pobres. E o que somos diante desta realidade? Nada. Apenas meros espectadores da vida. Assistimos ela passar diante de nossos olhos como a um filme na tela de televisão ou cinema.
Na expectativa de participar da vida, das melhores coisas e dos melhores acontecimentos, nos entregamos de alma e corpo, de forma a nos esquecermos que há um limite estabelecido e que este limite nos reserva um fim, do qual ninguém quer ao menos lembrar.
Pensar na morte é como repensar todos os nossos atos, toda a nossa trajetória, rever nossos conceitos, retificar nossas atitudes e ratificar nossas verdades.
Quando ela se dará? Ninguém jamais o soube, ou quem sabe, o saberá. Que dia chega? como chega? Não se sabe; não nos permitiram saber. Pensando profundamente sobre isso, melhor mesmo é que não saibamos; a surpresa, se é que podemos chamar assim, é ideal para nossa razão.
Há quem desperdice seu tempo determinado aqui na terra com coisas fúteis e banais; há quem viva tão absorto no seu cotidiano que se esqueça de que ela - a morte - é real; há quem viva correndo contra o tempo, buscando seus objetivos, consciente de que ela virá, mas não pode parar no tempo a esperar.
Essa melodia harmoniosa que é a vida, também tem seus desarranjos, desafinos; numa multidão de acordes entoados, há sempre aquele que sai do tom e traz um estilhaço aos ouvidos.  E a razão pergunta-se : A vida tem que ser assim ou nós a fazemos assim? Nenhuma razão, por mais loquaz que seja, poderá responder com veemência, a esta dúvida.
E entre um acorde e outro, a vida vai entoando sua melodia, harmoniosa ou não, apenas para se fazer acontecer, porque a música não pode parar de tocar e os ouvidos, quer gostem ou não, não podem deixar de ouvir.
A vida, incompreensível, inédita, incógnita, acontece, e como um quebra-cabeças, vai tornando-se uma imagem visível e inteligível, até que sua obra esteja acabada; e quando esta obra torna-se terminada, a imagem fica inerte, absolvida pelos olhos que a contemplam e então, é o fim.
Assim é a vida e a morte - começo, meio e fim - de um acontecimento banalizado pela negligência humana, mas que, sem ater-se a isso, segue seu ritmo na mais sublime melodia, para dar a um outro plano, desconhecido por nós, o que restou de uma passagem inexplicável até então.
A morte é certa para o ser vivente e o outro lado, incerto; o que nos resta? Fazer e dar o melhor de nós, todos os dias, em todos os momentos, para todas as pessoas. O que nos resta do lado de lá? Não se sabe....mas importa que, enquanto aqui estamos, a nossa melodia seja perfeita aos ouvidos e embale os sonhos de cada um.
Que a nossa melodia seja o motivo do abrir de um sorriso, da sensação de paz e alegria no coração e da certeza de dias melhores.
Àqueles que se foram, nada se pode dizer; mas àqueles que ainda estão conosco - é momento de reflexão, de repensar nossas atitudes, nossos atos, rever nossos conceitos e cantar numa só melodia, a esperança de um mundo melhor.
Não espere ver no rosto frio de um cadáver, um motivo pra ser melhor; tente aperfeiçoar sua melodia para que ela seja o bálsamo que te cobrirá quando partires deste plano. 



Por : Fátima Alcântara