sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014...

Muitas e diversas serão as lembranças de tudo o que aconteceu neste ano que está a 4 dias para terminar; assim como todos os anos de nossas vidas, podemos contabilizar uma porcentagem de coisas boas e positivas e uma de coisas ruins e negativas.
Sabemos que para alguns tantos o ano foi de mais acontecimentos positivos e para outros tantos mais acontecimentos negativos, mas que no final de tudo, muitos destes acontecimentos, bons ou ruins, tiveram sua parcela de participação para a construção da história de cada um.
A nossa história se constitui de tudo aquilo que nos rodeia, daquilo que nos faz continuar e do que nos traz a efetividade de nossas necessidades e conquistas. A nossa vida é um ciclo que necessita ser continuado e, para tanto, não pode ser apenas de coisas positivas ou negativas, mas de ambas acontecendo paralelamente.
Enquanto uns sorriram, outros choraram; enquanto uns trabalharam, outros descansaram e ainda outros que nem uma coisa nem outra; enquanto uns cometiam atos de bondade, outros mergulharam na maldade e ainda outros que mergulharam na inexistência. enquanto uns gozavam de plena saúde, outros sofriam com a ausência dela; enquanto uns ostentavam no muito, outros sofriam com a presença do menos ou quase nada.
Política, religião, economia e cultura foram as peças do quebra-cabeças chamado Vida - absolutamente constante e sem tempo para cessar, fez apenas aquilo que é próprio de sua natureza - conduzir. Absorvidos pela natural necessidade de permanecermos vivos, conduzimos mais um ano, alguns mais antenados nos fatores que permeiam nossa existência em sociedade, outros mais próximos do " deixa a vida me levar".
A vantagem de todos estes fatos é que podemos mudar aquilo que foi ruim, melhorar o que foi bom, acrescentar aquilo que faltou e excluir aquilo que se excedeu; podemos rever nossos erros e tentar não mais errar neste ao menos, guardar os nossos acertos para servir como base para próximas situações.
Neste ano que está próximo de se findar, nos surpreendemos e nos indignamos, ficamos admirados e nos frustramos, nos inspiramos e provocamos surpresas, choramos e fizemos chorar, sorrimos e fizemos rir, nos emocionamos e provocamos emoções, nascemos e morremos, mas com todas as mais amplas reflexões, sabemos que o resultado final poderá não satisfazer à todas as expectativas, mas estaremos felizes por podermos refletir, crescer, amadurecer, aprender.
Podemos dizer que ficamos mais " ricos " no conhecimento e na experiência de vida e quem sabe, talvez até, mais ricos financeiramente falando; absorvemos tudo aquilo que cabia à capacidade de cada um e evoluímos um passo à frente daqueles que não o quiseram.
Não podemos nos esquecer que um ano que se finda, nos traz a esperança de dias melhores e nos reveste de uma força e fé ainda maior de que o próximo ano, ano novo, nos dará mais e melhores dias e até mesmo, iniciará com maiores perspectivas de uma política mais justa e correta, da união e respeito entre religiosos, de uma economia mais igualitária e de crescimento nas culturas de todo o mundo.
Este ano que está próximo de se findar (2014) não morre, ele apenas pára de atuar para passar o bastão ao ano novo que está próximo de iniciar (2015) para reger esta orquestra tão sublime que é a Vida. E, por fim, sabemos que " todas as coisas cooperam para o nosso crescimento e desenvolvimento, enquanto houver vida, enquanto respirarmos, enquanto existirmos",


"A todos, indistintamente, os meus mais sinceros votos de um próspero ano novo (2015), repleto de paz, saúde e harmonia".



Por : Fátima S. Alcântara


domingo, 14 de dezembro de 2014

" Panem et circenses "


Aos trancos e barrancos vamos empurrando a vida num país onde impera a corrupção, a ignomínia e a ociosidade de um povo que ainda, não obstante os gigantes problemas que enfrenta, orgulha-se de dizer-se " brasileiros " !
Herdeiros de países colonizadores, usurpadores e exploradores, guardamos a pior parte da herança; um país de " putas e ladrões ", o que nos resta senão sobrevivermos em meio ao subdesenvolvimento enfadados na péssima educação, na saúde que se encontra na U.T.I, nos investimentos sociais que são desviados aos bolsos e contas dos " espertos " e ao estado lamentável da maioria do proletariado que tenta, à pão e água, sobreviver com um salário irônico que fora definido pela própria constituição para suprir todas as necessidades dignas de um ser humano.
Num país onde professores ganham salários que os obrigam a ter uma jornada de trabalho dobrada para sobreviver e um jogador de futebol que ganha bilhões; onde os investimentos feitos em suntuosos prédios e campos de futebol são milionários e nos hospitais e escolas, o pouco que se investe, ainda assim é desviado e surrupiado; que projetos sociais tem valores ignóbeis e sucateados e as grandes oportunidades são distribuídas entre aqueles que já tem o bastante; o que se pode esperar?
Ainda se usa a velha política romana do " panem et circenses ", ou seja, do Pão e Circo; é claro que agora, com bem menos pão e mais circo; o povo tem se preocupado mais com o divertimento, até mesmo do que com o que comer.
Para manter o povo sob controle, fiel à ordem estabelecida e conquistar seu apoio, líderes romanos inventaram esta estratégia para controlar e dominar a população; a única preocupação do povo era com o quê comer e com divertimento e em nada se interessavam por assuntos políticos.
O império Romano tornou-se rico e o centro de todos os acontecimentos sociais, culturais e políticos; com este crescimento, estrangeiros vinham à Roma em busca de uma vida melhor, mas, contrário disso, iam se acomodando nas periferias, com mínimo de conforto, pouco ou nenhum saneamento básico e eram exploradas no trabalho braçal por míseros trocados.
Eram previsíveis as revoltas. Então, a opção dos imperadores foi a distribuição de cereais e promoção de eventos para distrair o povo e desviá-los da atenção aos fatos que aconteciam  na cúpula romana.

Percebendo-se a história romana durante o período imperial, nota-se a semelhança entre Roma e Brasil nos aspectos políticos, sociais e estruturais; enquanto grande parte da população sofre com desemprego, baixos salários, falta de infraestrutura, saúde, educação, saneamento básico, alimentação, segurança e lazer e uns poucos abastados engordam suas contas em bancos nacionais e internacionais.
O dinheiro público sendo gasto desgovernadamente em detrimento de um grande número de necessitados país afora; corrupção em todos os setores que deveriam servir ao povo em geral, de forma a cumprir com a norma constitucional, dando às pessoas uma condição de vida digna.

Dissonância transparente em projetos fantasiosos e comumente inacabados, inflação teimosa, carga tributária alta, crescimento pífio do produto interno bruto (PIB), industrialização marcando passo e balança comercial tropeçando, 85.º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH, da ONU) entre 186 países, caos na saúde, transporte público e (hoje muito citado) sistema carcerário, infraestrutura logística e educação insatisfatórias. Ricardo Setti - Revista Veja - 23/01/2014
E o mais triste de tudo isso? - O povo permanece inerte!!


" ...e o palhaço continua sendo você! "



" ...enquanto te roubam, tu gritas gol!!! "





" ...enquanto te exploram, você dança!! "








Por : Fátima Alcântara