domingo, 14 de dezembro de 2014

" Panem et circenses "


Aos trancos e barrancos vamos empurrando a vida num país onde impera a corrupção, a ignomínia e a ociosidade de um povo que ainda, não obstante os gigantes problemas que enfrenta, orgulha-se de dizer-se " brasileiros " !
Herdeiros de países colonizadores, usurpadores e exploradores, guardamos a pior parte da herança; um país de " putas e ladrões ", o que nos resta senão sobrevivermos em meio ao subdesenvolvimento enfadados na péssima educação, na saúde que se encontra na U.T.I, nos investimentos sociais que são desviados aos bolsos e contas dos " espertos " e ao estado lamentável da maioria do proletariado que tenta, à pão e água, sobreviver com um salário irônico que fora definido pela própria constituição para suprir todas as necessidades dignas de um ser humano.
Num país onde professores ganham salários que os obrigam a ter uma jornada de trabalho dobrada para sobreviver e um jogador de futebol que ganha bilhões; onde os investimentos feitos em suntuosos prédios e campos de futebol são milionários e nos hospitais e escolas, o pouco que se investe, ainda assim é desviado e surrupiado; que projetos sociais tem valores ignóbeis e sucateados e as grandes oportunidades são distribuídas entre aqueles que já tem o bastante; o que se pode esperar?
Ainda se usa a velha política romana do " panem et circenses ", ou seja, do Pão e Circo; é claro que agora, com bem menos pão e mais circo; o povo tem se preocupado mais com o divertimento, até mesmo do que com o que comer.
Para manter o povo sob controle, fiel à ordem estabelecida e conquistar seu apoio, líderes romanos inventaram esta estratégia para controlar e dominar a população; a única preocupação do povo era com o quê comer e com divertimento e em nada se interessavam por assuntos políticos.
O império Romano tornou-se rico e o centro de todos os acontecimentos sociais, culturais e políticos; com este crescimento, estrangeiros vinham à Roma em busca de uma vida melhor, mas, contrário disso, iam se acomodando nas periferias, com mínimo de conforto, pouco ou nenhum saneamento básico e eram exploradas no trabalho braçal por míseros trocados.
Eram previsíveis as revoltas. Então, a opção dos imperadores foi a distribuição de cereais e promoção de eventos para distrair o povo e desviá-los da atenção aos fatos que aconteciam  na cúpula romana.

Percebendo-se a história romana durante o período imperial, nota-se a semelhança entre Roma e Brasil nos aspectos políticos, sociais e estruturais; enquanto grande parte da população sofre com desemprego, baixos salários, falta de infraestrutura, saúde, educação, saneamento básico, alimentação, segurança e lazer e uns poucos abastados engordam suas contas em bancos nacionais e internacionais.
O dinheiro público sendo gasto desgovernadamente em detrimento de um grande número de necessitados país afora; corrupção em todos os setores que deveriam servir ao povo em geral, de forma a cumprir com a norma constitucional, dando às pessoas uma condição de vida digna.

Dissonância transparente em projetos fantasiosos e comumente inacabados, inflação teimosa, carga tributária alta, crescimento pífio do produto interno bruto (PIB), industrialização marcando passo e balança comercial tropeçando, 85.º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH, da ONU) entre 186 países, caos na saúde, transporte público e (hoje muito citado) sistema carcerário, infraestrutura logística e educação insatisfatórias. Ricardo Setti - Revista Veja - 23/01/2014
E o mais triste de tudo isso? - O povo permanece inerte!!


" ...e o palhaço continua sendo você! "



" ...enquanto te roubam, tu gritas gol!!! "





" ...enquanto te exploram, você dança!! "








Por : Fátima Alcântara





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