terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Entre o certo e o errado, temos a inversão.

...no meu tempo...
Não é necessário dissertar muito sobre o assunto, ou seja, basta o pequeno trecho acima e surge rapidamente na mente de todas as pessoas todo o contexto de uma trajetória de mudanças, evoluções e  até reversões.
É bem claro que as mudanças e evoluções são bem vindas a todo tempo e porque não dizer, necessárias; basta lembrarmos daquilo que é primordial na vida da humanidade - a saúde; todos podemos nos lembrar de uma época onde diversas doenças não tinham cura e as famílias sofriam quando acometidas por elas; um dos exemplos que me lembro com tristeza era a paralisia infantil, hoje, erradicada no mundo.
Entre tantas outras coisas que, com o passar dos anos foram melhoradas, aperfeiçoadas, criadas, fabricadas, instituídas e constituídas para o bem estar social dos seres humanos.
O mundo contemporâneo abriu mão de valores que foram passados de geração para geração, confundindo ou aceitando fatos e coisas que não condizem com a moral e os bons costumes, deixando de lado aquilo que era alicerce e base para o sustentáculo da sociedade, a família.
Alguns, usando suas concepções e conceitos, ainda tentam justificar ou atenuar alguns atos, que, levam a sociedade ao desequilíbrio e caos; as consequências negativas disso são na maioria das vezes, irreversíveis e repercutem no futuro das novas gerações que, perdidas neste desequilíbrio, dão continuidade dentro da sua família.
É a impressão que a grande maioria tem - " Parece que o mundo está de pernas pro ar ! "
A desonestidade, a mentira, o egoísmo tornaram-se a prevalência da sociedade e quem anda na contramão não alcança méritos; a ostentação é o espelho para uma sociedade corrupta e marginalizada, onde, seja por qual meio for, o seu valor está no quanto tens na conta bancária, no modelo de carro e nas roupas que você usa e na casa suntuosa que você mora.
A família é o sustentáculo da sociedade e quando esta família está corrompida pelos maus hábitos, pela ausência de estrutura familiar e educação, automaticamente, reflete-se tudo isso na sociedade e, consequentemente, transforma todo o meio em que vivemos.
Perdemos o direito de dar " palmadas " para adquirirmos a obrigação de responder pelos atos errôneos dos filhos, nossos e dos outros; perdemos o direito de castigar e corrigir nossos filhos e adquirimos a obrigação de estar presentes quando estes são presos por atos de delinquência.
Lutamos pela conquista de espaço e de igualdade com os homens, claramente devidas, porém mal interpretadas, mas perdemos deles, o respeito à nossa delicadeza e à nossa sutilidade; fomos trabalhar fora integralmente, mas com isso, perdemos o poder e a liderança de nossos filhos, que, tendo que ficar muito tempo sem uma autoridade que os pudesse controlar e guiar, transformaram-se em pessoas desgovernadas e sem controle de suas ações.
A educação, o mais belo pilar de uma sociedade, fragilizada com esta evolução, já não é respeitada como antes; professores são hostilizados pelos alunos e muitas vezes espancados, num ato de imenso descontrole e ausência de respeito.
Ouvimos frequentemente nas conversas entre pessoas mais maduras, os exemplos de tratamento entre os pais e filhos; filhos não alteravam a voz diante dos pais, não os agrediam, não os matavam; os idosos eram respeitados como sábios da família e hoje são considerados " restos ", a grande maioria é descartada como se não tivessem valor algum.
E, de repente, nos deparamos com valores sociais sendo estuprados, violados e até censurados em função de interesses financeiros e de poder de uns poucos e em detrimento de milhões; as pessoas se preocupam e valorizam mais o exterior, os direitos " humanos " favorecem o marginal em detrimento do oficial da lei, os governantes gastam bilhões com estádios de futebol e eventos carnavalescos e deixam de investir em educação, saúde e segurança, o que realmente é importante para transformar um povo numa grande nação; as mulheres ( sem generalizar) transformaram-se em objetos de prazer e desejo anunciadas, desvalorizando-se a si próprias, entre outros tantos desvalores que a sociedade permitiu que preponderassem nos meios sociais.
Queremos um mundo bom pra nós, mas temos preguiça de fazê-lo assim; queremos uma sociedade sólida, estruturada, decente, mas não fazemos o menor esforço para conquistá-la; queremos as coisas nos lugares certos, mas não saímos da nossa zona de conforto para buscá-las.
Permitimos que a mídia determine o que é certo e o que é errado; permitimos que ela encha nossos cérebros de coisas fúteis e que espalhe sobre o mundo a deturpação dos valores que outrora foram ensinados pelos nossos pais e que, abrimos mão deles sem analisar quão degradante seria para nossa sociedade atual e será para a futura, a ausência destes.
Tudo isso é apenas, culpa nossa !















Por : Fátima S. Alcântara