domingo, 19 de maio de 2013

CONTRADIÇÕES DA VIDA

Num mundo onde a exaltação do belo está em alta e a busca incessante do status e da fama virou febre entre os seres " humanos ", estamos vivendo desenfreadamente em busca de coisas que mais parecem frear os nossos sentidos e nos tornar  escravos de um universo cegamente capitalista.
Dentro deste planeta de múltiplas características em meio a culturas, filosofias e conceitos, nos vemos correndo atrás do ideal de vida, muitas vezes, sem perceber que os caminhos que trilhamos, na verdade, não nos levará ao lugar ideal.
Se pensarmos retroativamente; antes brincávamos com brinquedos manuais, em madeira, plásticos e outros materiais e achávamos divertidos; hoje temos o avanço tecnológico à nosso dispor e estamos insatisfeitos; antes não tínhamos TV a cabo, internet, games, entre outros e vivíamos com aquilo que tínhamos; hoje temos tudo isso e nos encontramos ansiosos e insatisfeitos; antes não tínhamos direitos trabalhistas, trabalhávamos muito sem férias, dias de folga; hoje temos férias, ao menos dois dias de folga na semana, trabalhamos menos e ainda assim estamos cansados; antes, nossos heróis eram pessoas corretas, cheias de virtudes; hoje, nossos heróis são desconhecidos, viciados e marginais; antes sofríamos apenas com as doenças naturais de um corpo construído para perecer; hoje sofremos com as doenças provocadas pela evolução sem estrutura;  antes tínhamos dores no corpo; hoje temos a doença do século chamada depressão; antes a falta de víveres matavam pessoas de fome; hoje se morre por comer demais; antes trabalhávamos para o sustento da família; hoje trabalhamos para manter a ostentação do luxo aparente; antes seus amigos te procuravam porque gostavam de você; hoje seus amigos te procuram porque você tem um bom carro, uma conta bancária gorda e um belo carro na garagem; antes as pessoas queriam te namorar porque você era uma pessoa bacana, de bom caráter; hoje as pessoas querem namorar quem tem status, dinheiro e beleza; antes ter uma família grande significava ser abençoado; hoje ter muitos filhos é sinônimo de pobreza; antes íamos à igreja em busca de melhoras espirituais; hoje muitos vão à igreja em busca de ascensão financeira; antes a corrupção era sinônimo de política; hoje a corrupção é sinônimo de diversos setores, até mesmo os mais confiáveis como a religião; antes o mundo caminhava para uma evolução; hoje o mundo está evoluído e parece que não temos mais para onde evoluir.
Assim é a vida na terra;  o ser humano está evoluindo sem perceber que chegará um momento em que terá que retornar, voltar atrás, porque adiante, nada mais tem a evoluir. Tudo aquilo pelo qual entregamos nossa alma, nossas vidas, nossa paz, se tornará sem nexo, sem valor. E para que não tenhamos que admitir que é o fim, encontraremos respostas no retroceder, em busca de valores que se perderam no caminho árduo de nossas ambições, valores que foram deixados para trás, em busca de coisas materiais, que perecem e que de nada nos aproveitam; porque há valor naquilo que conquistamos quando isso pode surtir efeito à todos que nos rodeiam; quando isso que é material, nos traz benefícios, mas que também beneficia o nosso próximo; quando esta evolução, não coloca na marginalidade, muitos dos quais, irão conviver em nosso meio.
De que nos aproveita morarmos numa  bela mansão, passear pelas ruas em carros maravilhosos e ter muito dinheiro no bolso, se temos que viver trancafiados nesta mansão, pagar seguros caríssimos para ter este carro e ter medo de entrar num banco para sacar dinheiro?
Este é o preço que se paga pela evolução capitalista; quanto mais buscamos crescer materialmente mais nos aprisionamos do mundo; quanto mais almejamos a ostentação e o status, mais alimentamos os " miseráveis " que nos rodearão querendo um pouco daquilo que temos; quanto maior a má distribuição maior a desigualdade; quanto maior a desigualdade, maior o perigo para quem mais tem.
Entre carros a carroças, mansões e barracos e pão e caviar, seguimos desenfreadamente; ficando apenas nos olhos e nos conceitos de quem não cedeu a esta hegemonia capitalista, a esperança de que em um momento qualquer haja uma revolução dos povos em busca de um novo horizonte onde "todos sejam iguais", assim como pregam as constituições e os preceitos religiosos.
O paraíso idealizado pelos nossos antecessores pode existir quando numa só palavra se concretizarem todos os nossos ideais de vida : IGUALDADE.



Por : Fátima Alcântara

sábado, 11 de maio de 2013

Dia das mães. Mothers Day. Dia de la Madre. Festa della Mamma.

Eu não poderia deixar de escrever algo neste dia tão especial; sem dúvida alguma este dia comemorativo tinha que ser estabelecido, pois não existe ser mais importante na vida de todo ser humano.
Eu já não tenho mais a minha mãe aqui comigo, porém, o tempo que a tive, foi o suficiente para tornar-me tudo que sou. Uma mulher de vida sofrida, difícil, não alfabetizada, mas de uma inteligência admirável, de uma perspicácia em relação à vida e a tudo aquilo que norteia o cotidiano do ser humano. A impressão que tenho é que minha mãe sabia sobre tudo, conhecia tudo e sabia falar sobre qualquer assunto.
Mas enfim... 

Ser mãe :
Não há nada mais prazeroso e intenso na vida de uma mulher; durante o período da gestação, ela vive momentos de intensos sentimentos e percepções. A cada minuto que passa, uma vida, seu sangue, uma parte de si, está evoluindo dentro dela e desenvolvendo gradativamente, para se formar um ser humano com características herdadas desta mulher.
A ansiedade para dar á luz à estes pequenos seres que vêm a vida trazendo uma alegria imensa e também alterar toda uma rotina e até mesmo a personalidade desta mulher.
Ser mãe é abrir mão de si mesma, em função de sua prole; noites de sono perturbadas em função do bem estar dos filhos; dedicação intensa para que a saúde, a educação e suas necessidades básicas sejam supridas; se desdobrar para que o sorriso do filho seja mais feliz que o dela própria um dia foi;  é a maior doação de amor que alguém já tenha visto na terra e talvez a única verdadeira.
É ela quem nos dá a base, a estrutura, a solidez para que cresçamos e nos tornemos adultos preparados para enfrentar a vida lá fora e é ela também, que em todos os momentos difíceis ou felizes de nossas vidas, é a primeira imagem a vir em nossas mentes.
A mais bela e perfeita relação de amor eterno. Eu posso escrever todas as poesias e todos os poemas do mundo, mas nenhum será tão profundo para definir este dom especial que a natureza outorgou às mulheres.
Ser mãe é se desesperar quando o filho (a) tem uma febre e já ficar sentindo todos os medos do mundo; ser mãe é levar o filho(a) pela primeira vez na escolinha e entrar em pânico acreditando que seu filho (a) vai sofrer com sua ausência; ser mãe é ver o filho (a) crescer para o mundo e tentar evitar-lhe o sofrimento achando que este(a) tenha que ser polpado daquilo que todos, sem distinção, temos que passar; ser mãe é não querer ver uma lágrima cair do rosto do filho(a) ou um grito de dor ecoar de seus lábios.
Ser mãe é tornar-se uma redoma ao redor do filho(a) para que nada de mal o atinja e tornar-se provedora do seu bem estar; ser mãe engloba toda a providência em relação a existência do filho(a) no mundo.
A estas mães que lutam com a própria vida pelo bem estar, educação e saúde dos seus rebentos, que não sejam lembradas por um dia comemorativo, mas que todos os dias sejam agraciadas com carinho e atenção devidos daqueles que elas trouxeram ao mundo e os fez tornar-se o melhor para uma sociedade.
" Mãe, onde você estiver, quero que saiba...EU TE AMO E JAMAIS ESQUECEREI AQUELA QUE ME DEU ALICERCE PARA SER O QUE HOJE SOU."




Por : Fátima Alcântara


quinta-feira, 9 de maio de 2013

AOS AMIGOS LEITORES QUE ACOMPANHAM MEU BLOG DE PERTO E COM CARINHO.

Estou agradecida por todos aqueles que acompanham meu trabalho, que é para mim, um prazer imenso; escrever  sobre tudo o que a vida me ensinou, com suas dores, seus prazeres e suas contradições é uma forma que tenho de transmitir ao mundo conceitos, valores e até mesmo polêmicas que são de suma importância em nossos dias.
Para tanto, a cada dia procuro aprimorar meus conhecimentos, renovar meus conceitos, e absorver de tudo que vejo e ouço no mundo, o melhor, para transmitir a todos os meus leitores o melhor de mim. Assim, é muito importante que eu saiba a opinião de cada um que visualiza meus textos; por favor, deixem aqui a sua opinião, sua crítica, seja ela qual for; importante é que exponham cada um sua maneira de compreensão dos meus textos e também as suas verdades.


Grata pelo carinho



Fátima Alcântara

Fases da vida.


Não é nada fácil esta vida aqui na terra; quando você nasce , com aquela carinha de joelho, e que fica todo mundo te rodeando e às vezes para não frustrar a mamãe, a pessoa diz : " Ai, que lindo(a)!!!! Imagina a saia justa que a pessoa  fica ao encarar a mamãe toda feliz por ter dado à luz um filho; filho este que para ela, que é mãe, é lindo, perfeito, maravilhoso! Vai a pessoa  dizer o contrário. Ela, a mamãe, vai  odiar esta pessoa para o resto da vida e  excomungá-la. Agora, quer ter uma amiga fidedigna? Basta ficar babando esse bebezinho " lindo", brincando e dando carinho que ela logo resolve te chamar para ser "madrinha". E você sabe qual é o papel da madrinha? Dizem os mais religiosos que é o papel de segunda mãe. Agora, imagina se todas as suas amigas resolvem ter filhos, com carinha de joelho, e te chamar para ser madrinha? Você terá que, ao invés de ter uma casa, construir um berçário.
Depois desta etapa, da carinha de joelho, estes serezinhos lindos, passam pela segunda etapa que é aquela onde já estão entendendo quase tudo, falando quase tudo e fazendo quase tudo...ahhh, chegou o martírio! Ter bibelôs na estante? Nem pensar! Tira tudo, limpa tudo! Lá vem eles; parecem uma locomotiva desgovernada. Tudo que encontram pela frente tem que estar nas mãos deles e para quê? Testar, conhecer, compreender. Olha como são inteligentes! Enfiam tudo na boca!
Passando toda esta fase infantil, vem talvez, a pior delas. A " aborrecência", ops, adolescência. É, todo mundo sabe como é esta fase; todos já passaram por ela ou irão passar; e pode-se dizer que, ninguém, absolutamente ninguém, pode afirmar que esta fase te fez acreditar que você e todos os seus amigos iriam precisar de terapia no futuro.
A escola, o lugar que dá início à todas as alegrias e frustrações da sua vida inteira; os amigos, os namoradinhos(as) deste período serão os culpados pelo que você será no futuro; você só cabula aula, tira notas ruins e começa a mentir para os pais por culpa das suas más companhias. 
A mãe então; pega birra com uma de suas amiguinhas só porque ela é mais descolada; o pai adora que sua amiguinha venha em casa com aquela saia que mais se parece com uma tira de retalho ao redor da cintura.
O pai...affs...já sabe né...impregna naqueles garotos, que são apenas seus amigos e "não tem interesse algum em você" e nem " maldade alguma"; e você ainda tem que conciliar esta situação todos os dias, o tempo todo. Depois não querem que você cresça e se torne um adulto problemático.
Daí, chega aquela fase que arrepia o pai e deixa a mãe louca....você começa a namorar. E começa mais um martírio na sua vida; seu pai olha para o garoto como se ele fosse um estuprador e sua mãe vê ele como um rato que tem que ser exterminado da face da terra.
E lá pelos seus 15 a 17 anos começam a sair no rosto as tão mal faladas e amaldiçoadas espinhas... que merda! Elas provocam em você a pior sensação da sua já tão sofrida adolescência. Você olha no espelho e começa a se sentir " feia" e isso, psicólogo algum consegue te convencer do contrário; por causa destas malditas você começa a mudar o cabelo, porque tem que jogar um pouco em cima do rosto pra tentar esconder estes enormes tumorezinhos; a base, os cremes e todo tipo de remédio que te ensinam vão sendo a esperança de exterminar com este mal que te traz tristeza cada vez que olha no espelho.
Você já está chegando perto da maioridade civil e  acreditando que será a melhor coisa na sua vida; você não mais terá que dar satisfações aos seus pais, não dependerá deles para...algumas coisas, como assinar seu próprio nome, sem ter que ter um responsável para dar o aval.
E aí, você pensa que chegando a maioridade irão acabar todos os seus problemas. Aí é que você se enganou!!! Quando você completa a maioridade, aqueles probleminhas que te acompanharam até a adolescência são fichinha.
Quando você começa a perceber que depender totalmente dos seus pais era melhor do que ser relativamente responsável por você mesma, aí você percebe o quanto era feliz e não sabia. Você pensa : Alcancei minha independência!!! Só se for independente das espinhas, porque agora você percebe que as suas dependências atuais são piores que aquelas.
De repente você depara com um momento de transição na sua vida que nem você mesmo(a) sabe o que está acontecendo...bem, parece que você está amadurecendo...já começa por aí suas neuroses. Você começa a ver as coisas e o mundo de outra forma; começa a ter atitudes que te fazem indagar sobre você mesma; e aí acontece mais uma neurose na sua vida : Eu estou envelhecendo!
No lugar das tão afamadas espinhas começam a aparecer as ainda mais afamadas " rugas e pés de galinha"!!! Cada vez que você olha no espelho, você enxerga sempre mais uma chegando... e quando você acorda então? É o momento em que você pensa : Minha vida acabou!!! Ahhh quanta neurose você passa na vida!!! Como é difícil ser humano! 
E o resultado de tudo isso você já sabe: A correria contra o tempo para atenuar todos estes percalços da vida. E quando você pensa que tudo isso terminou e que você vai conseguir ficar mais tranquila, você comete outra merda : Se casa e tem filhos! Pronto, agora se prepare que as suas neuroses já não são mais suas, mas sim, do esposo (a) e dos filhos, de presente pra você. Você se transforma em mãe, esposa, lavadeira, faxineira, cozinheira, profissional, etc... tudo isso você tem que ser em função da merda que você cometeu: casar!
E ainda assim, você acha tudo isso muito lindo!!!!
Agora, quer ver a coisa piorar, e seus problemas quadruplicarem?
Torne-se AVÓ!
Nem vou comentar....

Rafaella Alcântara Noronha          
minha neta


Por : Fátima Alcântara


Obs.: Este texto é apenas uma crônica, satirizando certos momentos da vida real; não tem ligação alguma com a vida real de ninguém e nem crítica alguma às escolhas que cada um faz na vida pessoal.