sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Um " ser assim "

Não sou do tipo que agrada a todos, aliás, não agrado a quase ninguém...é difícil agradar as pessoas quando você está quase sempre do contra. Quando alguém diz que adora ouvir " funk " eu já estou torcendo a cara e fazendo caras e bocas; quando alguém demonstra amabilidade demais, simpatia demais, eu cá já estou a olhar com aquele ar de desconfiada e disfarçadamente, com um pé atrás.
Não sou do tipo que dá sorrisos à todos, mas sou do tipo que sorri à toa, dando sorrisos gratuitos, alguns para quem eu gosto de forma amistosa, outros só pra provocar mesmo. A pior situação entre as pessoas é aquela em que exige da pessoa que ela seja sincera, o que na verdade, ela não consegue ser, e lá estou eu a dizer a verdade nua e crua, olhando para os olhares estarrecidos e surpresos com minha frase direta e autêntica.
Enquanto as pessoas olham seus ídolos, chorando e se rasgando por causa deles, eu estou aqui a dizer : " Quem é esta pessoa? " Enquanto tomam por exemplo um ídolo que sequer sabe que existem, um ídolo drogado e com uma vida fútil e permeada de maus exemplos, eu entro falando do meu maior exemplo - minha mãe.
Não sou do tipo que agrada a todos, mas os poucos que agrado, me admiram, me conhecem do avesso, sabem quem sou, porque sou o que sou. Já dizia minha amada mãezinha : " Menina, não sei de onde foi que Deus tirou a ideia de fazer uma pessoa como você. " Foi daí que tirei a frase : " Não vim para seguir regras e sim para quebrá-las. "
As regras do jogo sempre são aquelas que o mundo designa, são aquelas regras da maioria, sem  a prerrogativa da razão, do pensar, da reflexão; não sigo os caminhos ordenados por formadores de opiniões, por líderes de massa ou por pessoas com poder de persuasão. Sou do tipo que ouve a tudo, analisa e prepondera os dois lados da situação, chegando a um veredicto meu, um conceito meu, uma verdade só minha.
A alienação cultural é um dos piores males do ser humano na terra, não permitindo a existência de pessoas livres, sem pré-conceitos e tabus; não permite o crescimento espiritual e humano, não permite que a raça humana evolua na medida ideal.
Não sou do tipo que levanta bandeiras a quem não tem méritos, não sou do tipo que espera acontecer pra ver no que dá e não sou do tipo que se acomoda com aquilo que me oferecem. Sou do tipo que, mesmo exausta, me mantenho de pé e mesmo envergando ( como a Palmeira), mas a raiz está firme na terra e não há vento forte que a arranque dali.
A mídia arrasta a milhões, alienados e preguiçosos, a imitar as suas ideias e transferí-las aos seus descendentes, mas eu prefiro um ponto de interrogação antes da aceitação de tudo que impõem. Não sou do tipo que absorve os moldes de uma sociedade alienada e ignorante, sou do tipo que transforma as ideias num emaranhado de porquês.
Um dia me chamaram de sonhadora só porque acredito nos meus ideais e verdades e mesmo vendo a multidão agindo de forma contrária, ainda assim, mantenho minha opinião daquilo que acredito ser a minha verdade. Vou em busca daquilo que acredito e não danço conforme a música ou nado a favor da maré.
Não sou do tipo que adota de imediato a linguagem, os trejeitos, as gírias e os moldes desta sociedade alienada; sou do tipo que rejeita aquilo que não acrescenta e despreza aquilo que no meu entendimento, para mim, é ruim.
Eu sou do tipo que...tipo assim....(kkkk...brincadeirinha)...odeio esta palavra colocada inadequadamente numa frase, sem uso e sem necessidade transformando o português num violão com uma corda quebrada. Sou do tipo que passou por várias décadas ( 4 ao todo...kkkk....nem tantas assim) vendo todos os tipos de " evoluções " humanas, mas vendo também, as pessoas voltarem ao retrô, por falta do que inventar.
Sou do tipo que prefere mulheres " cheinhas..que enchem uma cama " do que aquelas " cheinhas..de ossos ", estereótipo da mídia, estabelecendo regras físicas, quando o ser humano é só um envólucro de algo que pode ser muito mais belo que seu recipiente.
Não sou do tipo que agrada a todos porque, infelizmente, na maioria das vezes, as pessoas preferem ouvir uma bela mentira, do que uma dolorosa verdade; daí vem o espanto das pessoas quando se deparam em situações em que, todos estão disfarçadamente retraídos em responder uma pergunta simples com a verdade e eu, sem nenhuma cerimônia, respondo na lata, doa a quem doer.
Não sou do tipo que, por um determinado ídolo, encontrar-se no ranking da fama, sou fã " nº 1 " dele; primeiro que não se pode precisar quem é o nº 1, depois que nesta situação tanto faz, já que este ídolo, nem sequer sabe que o fã nº 1 existe. Sou do tipo que admira as qualidades sem deixar de perceber os defeitos. Nada de adoração desequilibrada.
Enfim, não sou do tipo que se importa com o que falam e pensam de mim; sou do tipo que aperta o botão do foda-se e faz e fala o que quer e quando quer. Não sou do tipo que vai agradar a todos, e nem quero, porque nem todos acrescentam algo à minha vida, mas sou do tipo que se importa, com os poucos, mas essenciais pra mim.
" Não me importa o quê ou quem você seja, o que me importa é que você tenha caráter e conquiste em mim o que de mais valioso há. "
Verdade, Lealdade, Caráter....sempre!



Por : Fátima Alcântara




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