Guerra dos sexos.

A competição existe desde os primórdios; os seres humanos são competidores por natureza. A competição existe desde a concepção; vence aquele que estiver mais preparado. A competição entre os seres humanos está em todos os setores e cotidiano da vida;  no trabalho, nos esportes, nas relações afetivas, religiosas e políticas.

Cada pessoa tem por natureza o instinto de ir em busca de objetivos, de vontades e desejos naturais e outros criados por uma sociedade consumista e capitalista; esta corrida já inicia na concepção, quando os espermatozóides, competem entre si para chegar ao ponto crucial para sua vinda ao mundo dos seres vivos.

No princípio o papel das mulheres era sempre secundário; ficavam aquem dos homens, longe da possibilidade de entrar em confronto com os homens nas posições da sociedade. Com o advento do feminismo e das conquistas de igualdade entre os sexos, as mulheres foram conquistando seu lugar na sociedade e nas mudanças que o mundo vinha sofrendo desde então.

É claro que, como tudo na vida, quando se conquista algo, também, paralelamente, se abre mão de algo. O espaço conquistado fez com que os homens não vissem mais a mulher como o sexo " frágil ", mas como igual em potencial e capacidade.

A mulher, ainda hoje, briga por uma igualdade real diante da sociedade; luta pelo respeito dos homens, contra um costume e cultura milenares. De frágil, na verdade, a mulher nada tem. Para ser mãe, esposa, trabalhadora e estudante, a mulher ocupa funções múltiplas em um único dia, com uma garra indiscutível, enquanto o homem, se ocupa no seu cotidiano de uma fração menor destas ocupações.

A guerra entre os sexos está diminuindo conforme o tempo, mas ainda existe, dentro do homem, por uma cultura machista milenar, a ideia de que a mulher é inferior à ele por natureza. Esta guerra ainda tem muito a ser vencida com o passar do tempo e só poderá ser mudada com a educação das próprias mulheres direcionada aos filhos.

Existe ainda uma resistência grande das próprias mulheres em compreender e aceitar esta igualdade, pois ao educar seus filhos homens, coloca-o em posição diferente das meninas dentro do lar; ainda, as meninas são mais direcionadas ao cuidado dos afazeres domésticos e os meninos são poupados nisso, como se os mesmos não fossem criados para tal, apenas as meninas.

Na guerra dos sexos, ambos se esgotam em suas habilidades e potencialidades, não se limitando muitas vezes, sem pensar que, um precisa do outro; existem situações onde homens se adequam melhor que mulheres e vice-versa. Cada um tem uma habilidade, não obstante prever-se a possibilidade de que ambos possam e são capazes de fazer tudo.

A mulher nasceu com uma única condição especial - a da gestação - no restante, as possibilidades para ambos são iguais; é apenas uma questão de vontade. Hoje, funções que antes eram totalmente masculinas, já são ocupadas com muita habilidade por mulheres, assim como funções totalmente femininas, hoje são muito bem representadas por homens.

Nesta guerra dos sexos, a competição entre ambos teve seu ponto positivo e fundamental na troca de conhecimentos e no entendimento familiar; conjuntamente, ambos dividem de forma uniforme as obrigações e deveres no ambiente familiar.

Enfim, nesta acirrada competição existem os dois pontos cruciais na vida do ser humano; os prós e contras. É importante esclarecer que cada um ocupa seu espaço de acordo com sua natureza e seu potencial, não diminuindo ou menosprezando quaisquer um, mas demonstrando que, independente de homens ou mulheres, ambos os sexos são seres humanos, capazes de desempenhar seu papel em igualdade de forças e condições.

Ainda existem muitas conquistas por parte das mulheres que não foram agregadas nesta guerra, mas que aos poucos, entrarão com certeza no rol de conquistas alcançadas. Uma das vantagens nesta guerra é que aderiram à ela, homens que, inteligentemente, compreenderam o importante papel da mulher na sociedade e na família.

Por : Fátima Alcântara