terça-feira, 13 de agosto de 2013

O mistério da vida.

Entre um momento e outro da vida ainda encontramos algum tempo para pensar e refletir sobre todas as coisas que acontecem ao nosso redor; nada é por acaso, nada é irrelevante, tudo faz parte de um ponto de partida onde este ponto vai se unindo a outros pontos tecendo de forma extraordinária aquilo que chamamos de vida.
A séculos de nossa existência, o homem tenta, por todos os meios possíveis, provar a verdadeira razão do ser, diagnosticando cada atitude, ação e efeito no seu cotidiano e de toda a sociedade em que vive; em tudo há sempre um princípio, mas nada é totalmente provável; seguimos um roteiro não pré-estabelecido, mas de acordo com cada ato humano.
Cada um daqueles que se dedicam a estudar estes fatores propõem uma análise e uma síntese sobre suas descobertas, mas não conseguem estabelecer um padrão e determiná-lo  como suficiente para a explicação dos fatos no universo.
Como no princípio de tudo não havia formas de guardar as imagens dos fatos acontecidos e de deixar, por meio da escrita, uma história pura para conhecimentos futuros, ficamos baseados em um livro que perdura por mais de 3.000 anos e os conhecimentos científicos daqueles que se dedicam a desvendar estes fatos narrados por este livro.
Ao longo dos anos vimos acontecimentos e fatos que foram desvendados e confirmados pela ciência e participamos ativamente no dia a dia de todos os acontecimentos numa sociedade que evolui, de certa forma evolui, para deixar na história o que realmente aconteceu.
Um dos maiores enigmas na mente do ser humano é sobre a nossa existência; de onde viemos, para onde iremos, porquê estamos aqui e para quê? Outro enigma também proporcional à esta dúvida é de como o mundo principiou, como se deu sua existência e quem o formou. Daí partem todas as indagações quanto a tudo aquilo que gira em torno do nosso universo.
A partir destas dúvidas surgem sábios, filósofos, pensadores e religiosos que expõem seus conceitos de maneira a tentar dar uma explicação, nem sempre plausível, deste subjetivo mundo do ser.
O homem tem uma relação complexa e multifacetada com o mundo; se, por um lado, somos produto da nossa inserção e adaptação a um mundo que aí já estava, por outro, à medida que nossa individualidade e autonomia se vão estruturando, tornamo-nos seres cada vez mais ativos, com capacidade de intervir, participar, produzir, criar, convertendo-nos  em agentes de transformação do mundo.
Numa cadeia natural de fatos e acontecimentos, vamos estabelecendo padrões de vida e conceitos conforme nossos costumes e culturas e evoluindo (alguns) no conhecimento e ciência das coisas futuras e das razões passadas. Os porquês são sempre expressados nos rostos perplexos com cada acontecimento inédito dentro de sociedades totalmente diferenciadas pelo seu meio.
Nada segue uma ordem, nada segue um padrão, nada tem uma fórmula perfeita; tudo se modifica, se altera, se forma; no pensamento de que cada coisa e situação tem que seguir o rumo necessário para que nada seja uma trajetória definida, mas empírica. Tudo é sempre muito subjetivo; ficamos no talvez sempre e não se pode prever o futuro diante das circunstâncias presentes, mas podemos observar no " dever ser " que " talvez " as coisas aconteçam assim.
No entanto, ainda assim, o homem tenta driblar certas situações como se pudesse mover o curso das águas; como se pudesse conduzir sua existência e dominar seu destino; cada minuto de nossa vida nos conduz a um novo acontecimento; a impressão é que nada muda em segundos olhando do prisma individual, mas se olharmos para o coletivo, podemos enxergar que em segundos, acontecem grandes mudanças na vida de cada um por conta dos fatos acontecidos universalmente.
A nossa existência é ainda uma incógnita e nem mesmo podemos afirmar que " existimos " ou isso tudo é apenas um sonho, uma ilusão; assim como o misterioso universo guarda segredos indescritíveis acerca da concepção do mundo, assim também, dentro de nós mesmos trazemos este segredo guardado a sete chaves.
Dentro de toda esta complexidade, a nossa única certeza é a morte; depois dela, tudo é obscuro, tudo é mistério; a transformação que fazemos do mundo reflete positiva e negativamente em nossos " destinos " e na trajetória que projetamos para nós.
Em busca do pleno, do perfeito, criamos algo para ser novamente formatado, melhorado, evoluído; e até onde chegaremos nós? Isso também não sabemos.
A vida é sempre o maior mistério existente e a maior dádiva, seja lá qual for o ser criador dela. As definições da vida até hoje foram genéricas; a vida se replica, muda, evolui, dando origem a todas as espécies vivas. Assim como para nós ainda é estranho tentar imaginar como age a natureza, assim também é mistério como age a vida.



Por : Fátima Alcântara



0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial