sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O mundo em que vivemos...

Nosso cotidiano é cercado de fatores preponderantes para nossa sobrevivência na terra, assim como todas as causas de nossos atos; até mesmo as mínimas coisas, as quais, poucos valorizam ou percebem, são importantes no nosso dia a dia.
É inevitável admitir que, assim como o ser humano, a vida é dotada de dois pólos - o negativo e o positivo - trazendo essa bela e complexa diversidade quase que inexplicável da junção do " bem e do mal " que fazem a beleza das ideias e dos conceitos sem uma unidade de perfeição e verdade.
É óbvio que essa diversidade se explica , dentro de seus limites, por meios da condução social do processo de desenvolvimento humano e por meios dos fatores sociológicos e econômicos de cada país em suas mais diversas complexidades políticas.
Importante lembrar que a cabo da história, até então conhecida e ainda não comprovada, o princípio humano iniciou na sua mais simples forma - um homem, uma mulher e o mundo. Até certo momento, um mundo único, sem nenhuma perspectiva de progresso e evolução, mas satisfatório para quem olhava a natureza como única, admirável e conhecida aos olhos.
Percebe-se que ao longo dos séculos, o ser humano evolui numa velocidade razoável, mas desorganizada,  como uma folha ao vento. Quando percebeu-se a necessidade de organizar as nações, as ideias, os atos, muita coisa já havia sido estabelecida da forma possível até então. 
Olhando à partir do ponto que deu início ao universo que vivemos hoje - a Revolução Industrial - transformou os conceitos sociais e econômicos que hoje prevalecem no mundo. Essa transformação deu ao mundo alguns aspectos que são analisados pelos estudiosos da área e nem sempre é possível encontrar soluções para os efeitos negativos, reflexos de uma revolução que trouxe efeitos mundialmente.
As repercussões de cada ato da humanidade sem uma infraestrutura, sem organização, nos traduz o que vemos hoje em nossa sociedade e estes efeitos nos trazem, assim como os benefícios, conjuntamente em contrapartida, os malefícios e o " preço a pagar " por nossos atos - Causa e Efeito.
Estamos caminhando a largos passos para algum lugar, não se sabe onde e nem como, mas podemos prever, pelo " andar da carruagem " que não sabemos se podemos acreditar em algo mais promissor ou elevado, quanto à condição humana no mundo.
Podemos fazer comparações de tempos passados em relação a muitos fatores hoje, preponderantes na sociedade, que tiveram efeito negativo e que têm tendência a crescer e expandir da mesma forma.
Estudiosos tentam encontrar soluções para os problemas sociais e econômicos do mundo em relação a fatos e fatores comuns à toda a humanidade; tentam fórmulas e projetos, acreditando poderem mudar a situação para minimizar ou até eliminar do âmbito social, tais malefícios.  A violência e frieza do ser humano quanto à vida, o crescente número de roubos, furtos e assaltos,  a fome e a miséria existentes em todos os países do mundo, o desequilíbrio econômico e a instabilidade financeira, a corrupção como principal fator de desigualdades sociais, entre outros fatores, são os efeitos dos atos e vontades humanas.
O que eleva uma sociedade à um nível de desenvolvimento entre as nações é sua cultura e sua forma de pensar e idealizar seu próprio universo, num conceito de conjunto, coletivo; assim, não há como mudar uma nação, um povo, se não pensarmos no coletivo, se não abrirmos mão do egoísmo e pensarmos e percebermos que o crescimento coletivo faz com que todos cresçam, todos usufruam dos benefícios e dividam os malefícios.
Num país onde valoriza-se mais as ostentações e as futilidades que o ser humano propriamente, não se pode prever que haja crescimento ideal e uniforme. E de nada adianta pensar que o poder centralizado e nas mãos de poucos, livrará alguns dos malefícios - engana-se quem assim pensa - pois àqueles que foram beneficiados individualmente e que se beneficiam ainda dos males dos outros, também são participantes e recebem os reflexos desta sociedade conturbada.
Os malefícios criados pelos nossos atos, refletem de forma uniforme a " bons e ruins ", a grandes e pequenos e a pobres e ricos; independente da ideia que os poucos privilegiados têm em relação a forma correta de cooperar com o crescimento social e econômico de um país, e também de como fazer uma política econômica e social adequada para que o país cresça uniforme e com uma desigualdade social minimizada ou até isenta, sabemos que, aqueles que formam o lamaçal também terão que caminhar por ele.
Cada pessoa, individualmente tem que saber que pode  mudar um mundo com suas atitudes; que pode fazer do seu mundo, o ideal que almeja; tem que saber que cada ação sua terá um efeito que será desencadeado no futuro e que ficará como herança para a sua geração futura.
Repensar o mundo em que vivemos é de suma importância para alterarmos as propensões que o mundo tem na visão futurística da continuidade do que somos hoje. É visível a dificuldade e complexidade de se esperar um mundo melhor diante do que vemos hoje, pois sabemos que só colheremos os frutos das árvores que plantamos.
A desordem social e econômica não pode nos permitir acreditar que haverá no futuro, ordem e progresso; não nos permite acreditar que haverá no futuro, desenvolvimento e crescimento; não nos permitirá objetivar no futuro, o extermínio da fome e da miséria no mundo; não nos permitirá crer no futuro de nossas gerações. 
A frieza e o descrédito  do ser humano, a cada dia, nos afasta uns dos outros, tornando-nos distantes e frios até mesmo com nossos próprios entes familiares; a família sendo destituída de seus direitos e deveres de uma forma sutil, perdendo a unicidade desta instituição milenar que forma hoje o que chamamos de sociedade.
Importa sim que abracemos a ideia do crescimento coletivo em função de uma igualdade social e de uma uniformidade humana para sobrevivência do ser humano, nos afastando das ideias expostas nos filmes de ficção científica futurísticos onde nos tornamos máquinas ou seres individuais perdidos num mundo destruído e a caminho da extinção.




Por : Fátima Alcântara






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