domingo, 18 de março de 2012

O que está acontecendo lá fora...?

Sabe aqueles momentos em que pára tudo pra você; suas ideias, suas vontades, suas ambições, seus valores, seu cotidiano, enfim, tudo o que faz parte do seu dia a dia? Você entra num momento de quietude, de solidão, mesmo rodeado de tudo e de todos e simplesmente pára. E aí você começa a se fazer perguntas  que ainda não foram  respondidas e indagações contumazes sobre assuntos e aspectos da vida que muitos se interrogam? Pois é, tenho tido estes momentos.
A vida é um complexo de milhões de coisas e fatos que se integram entre si, fazendo dela um compêndio de situações e momentos que mesmo que imperceptíveis, constroem uma história concreta na sua vivência no mundo.

Somos rodeados todos os dias de todas as situações e seus sinônimos e são estes em conjunto que constroem esta história, fazendo da vida uma emblemática e fantástica exposição do ser. E, compreensível, nos afeiçoamos mais às coisas boas e agradáveis, é claro; no entanto, se separarmos as coisas boas de seus sinônimos, ou seja, o bem do mal, o bom do ruim, será que teremos esta magia tão deslumbrante que é a vida?
O Ying Yang na filosofia chinesa, é uma representação da dualidade; segundo este princípio duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação.
Yang : Princípio ativo, diurno, luminoso, quente.
Yin  :  Princípio passivo, noturno, escuro, frio.
Tudo o que existe contém tanto um como o outro.
Assim, nós, meros mortais, temos desde o nosso princípio ( existência) as mais diversas indagações fenomênicas dos porquês. Com o passar do tempo, fizemos descobertas, encontramos respostas para algumas, solucionamos outras, mas ainda assim, mesmo com tudo isso continuamos nada compreender, porque cada vez que encontramos respostas, soluções e descobertas, mais enigmática fica a vida. É como um labirinto, onde, ao pensarmos encontrar a saída, abre-se novo labirinto nos fazendo perder-se novamente.
E na construção de uma vida, nos grandes e pequenos feitos não costumamos nos atentar para muitas coisas e deixamos passar, desapercebidos, muitas situações, pois elas não são de clamor universal, mas elas são tão importantes quanto tudo aquilo que nos afeta.
Daí vem este momento em que nos deparamos com a introspecção; a solidão da alma, a quietude do ser. 
O que mais intriga a mente são fatores que transformam uma sociedade, uma família, uma pessoa; e são estes fatos que me passam agora pela mente. Não é necessário ser explícito ao falar de fatos que até então são intransponíveis na sociedade. A desigualdade social, a fome, a miséria, a violência e as diferenças. Mas quero expor aqui um fato que choca toda uma universalidade, mas que poucos preocupam-se em obter ou proporcionar uma solução.
Não importa que o mal (oposto) tenha que suceder ou estar presente; o que importa é que não podemos e não devemos permitir que ele prevaleça. Uma coisa é certa, ele está aqui, é necessário estar, mas não deve ser por nós absorvido. Acredito estarmos aqui para mostrar a nós mesmos que podemos deixar prevalecer o bem, o bom, o justo e o correto acima de tudo, muito embora sabemos que, ainda assim existirá o mal, o ruim, o injusto e incorreto.
Olhamos para dentro de nós mesmos, numa introspecção profunda e começamos a perceber quantas coisas  passam diante de nós e simplesmente não notamos.  Nos acostumamos a olhar tudo aquilo que nos interessa e que nos agrada e fechamos os olhos, as vezes conformados com o fato ou até mesmo para nos esgueirarmos pelos estreitos corredores da ignorância, para fatos que transformam toda uma sociedade, uma família e uma pessoa.
O que mais nos apraz é nos depararmos com sorrisos, abundância de víveres, luxo, lazer e prazeres que a vida nos proporciona, mas é quase perceptível a todos, quando nos deparamos com a fome e a miséria; é degradante, é doloroso, destrutível.

E foi nesse ponto  que minha mente viajou e tentou compreender o porquê.Além da influência da junção do bem e do mal, existentes na vida e no ser humano, também é o efeito de causas externas dos atos humanos. Importante é que alguns, por mais complexo que seja seu dia a dia, preocupem-se com o que está acontecendo lá fora. Todos os obstáculos, adversidades e contraposições são facilmente transponíveis e suportáveis ao ser humano, mesmo porque somos constituídos de uma força sobrenatural pra isso, mas a exceção daquilo que nos permite estar vivos, o combustível para mantermos nosso esqueleto em pé, vivo, isto torna-se intransponível.
E é da fome e da miséria que falo aqui. Podemos nos abster de coisas materiais, de coisas supérfluas, de tudo aquilo que se pode substituir, mas não de víveres ou comida; e é para isso que quero atentar-me agora.
Será que ao colocarmos um prato na mesa, podemos, com a consciência tranquila, pararmos e pensarmos naqueles que estão lá fora? Será que podemos nos considerarmos inocentes? Será que esta refeição descerá bem ao estômago?
Podemos fechar os olhos para estas imagens? Podemos fazer de conta que nada acontece? É possível sentar-se na mesa e comer um belo prato com bom apetite pensando nisso? 
Acredito que temos que sair um pouco da nossa zona de conforto e do nosso sono tranquilo e tentarmos ao menos diminuir este fator. 
E, quando saio desta introspecção penso o que podemos fazer para cooperar para que este mal seja exterminado na terra; ao menos este, para tornar menos igual a paridade de um ser para o outro.

" Se você tem 4, divida com ao menos um; te sobrará 3 e com certeza não te faltará nada."
" Sinta dentro de si mesmo; poderia ser você; afinal de contas, o espírito que há em você é o mesmo que há nestes." 
" O sopro de vida que há nestes é o mesmo que foi soprado em você."
" Sinto-me impotente diante destas cenas."
" Será que somos tão insensíveis a ponto de não nos preocuparmos com isto?"


O QUE ESTÁ ACONTECENDO LÁ FORA...?  Faça você também uma introspecção e perceba... saia do seu " mundinho", dê uma volta lá fora e veja.


Por : Fátima Alcântara

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