Coisas do coração...coisas do amor.
Quem de nós não viveu grandes amores, paixões avassaladoras, sentimentos confusos, posse e decepções? Não há um ser na terra, em idade o suficiente para amar, que não tenha passado por isso. Não adianta alguém dizer que pode explicar o amor; não pode. Amor não se explica, sente-se!
Ahhh coração, traiçoeiro, inimigo de mim; me faz sentir o que não escolhi sentir, me faz amar a quem talvez eu não quisesse ter amado.
Para cada pessoa esse sentimento é e vem de uma forma diferenciada das outras; uns amam intensamente, se entregam, se doam, tornam-se fiéis porque só enxergam a pessoa amada, fazem de tudo (e até mais) para ver a pessoa amada feliz e dariam a sua vida para isso até. Outros parecem ter mais habilidades com as coisas do coração, são frios, calculistas, são razão muitas vezes; amam, mas ele próprio está em primeiro lugar (não sei se concordo que seja amor, mas...); só se permitem amar a si mesmos, depois quem sabe, alguém. Existem aqueles que amam com serenidade, tranquilos, passivos no relacionamento, não se permitem deixar levar tanto pelas emoções. Ainda existem os que nem mesmo sabem o que é realmente amar; na verdade nem sei se podemos dizer ou decifrar o amor, nem mesmo a ciência consegue ou se atreve a tentar.
Só o que posso afirmar é que, sendo este sentimento subjetivamente nomeado AMOR, difere em algumas situações, um do outro.
Existe o amor pleno, absoluto, incontestável, eterno : AMOR DE MÃE.
Existe o amor influenciável, oscilante, mutável: AMOR DE IRMÃOS.
Existe o amor desinteressado, gratuito, simples : AMOR DE AMIGO.
Existe o amor puro, casto, ideal : AMOR ÚNICO
E existe aquele amor que acreditamos ser ETERNO; este é o amor que não se confunde, que mesmo entre as incertezas ele é certo, eficaz; esse amor subsiste a tudo - decepção, ausência, mágoa, etc... é este amor, que muitas vezes é citado e até figurado em novelas e romances e que ainda cria expectativas e discussões.
Este amor não machuca, não magoa, não fere; este amor abre mão de tudo para existir e se fazer presente; é este amor que tem a capacidade de revolucionar vidas e de marcar vidas; este amor, chamado de eterno é um enigma. Até onde ele é capaz de ir por alguém? Até onde ele subsiste diante das adversidades? Este amor também está sujeito a erros? Este amor pode machucar, magoar, ferir?
Ninguém pode desvendar este segredo. Não há como saber de forma contundente se este AMOR ETERNO é perfeito ou se ele também pode alterar-se no tempo.
Ao longo do tempo vimos todos estes sentimentos explodirem ao nosso redor; pessoas falam dos seus sentimentos em suas mais diversas faces e mostram que cada um tem sua própria maneira de amar, mas não que isso seja uma escolha, mas uma condição; simplesmente se ama e pronto.
Já vivi grandes amores, grandes paixões; uns quase perfeitos, outros nem tanto; uns (na sua maioria) me fizeram muito bem enquanto existiram, outros (poucos) me fizeram muito mal durante o tempo que estiveram em minha vida..
Uma coisa é certa, não há como prevenir este sentimento, não há como fechar-se pra ele; não há como impedir que ele nos tome; basta um olhar, uma química, um gostar de alguém e ...zaz!!! Estamos amando! Não há como escolher a quem amar, simplesmente se ama!
Quantas vezes nos deparamos sentindo algo por alguém; nos sentimos felizes com a companhia da pessoa, com as conversas, com a atenção; gostamos de estar juntos; quantas vezes, com a ausência da pessoa percebemos o quanto ela nos faz falta e o quanto queremos tê-la sempre ao nosso lado; quantas vezes nos pegamos ouvindo uma música e, de repente, a lembrança que nos vem é daquela pessoa, que por sinal já encravou sua presença em nosso coração.
Assim é o amor; ele vem sorrateiramente, sem perguntar se pode entrar e se é para aquela pessoa que você quer se entregar, se doar... ele simplesmente invade, sem pedir licença e domina seu coração e transforma um espaço vazio num lugar cheio de sorrisos e felicidades; tudo fica azul da cor do céu; os olhos passam a brilhar intensamente; o coração passa a bater mais forte e descompassadamente quando vê ou pensa na pessoa amada; aí está o momento crucial do amor.
E nos vemos apaixonados, dominados por um sentimento apenas conhecido como AMOR, mas sequer sabemos decifrá-lo ou compreendê-lo, apenas sabemos que está ali; belo, majestoso, cheio de certezas e vontades; forte, corajoso, imponente.
A frase: " Quem ama não mata." Objetivamente quer dizer que quem ama não tira a vida da pessoa amada. (Concordo), mas, subjetivamente, também diz: -quem ama não mata o sentimento do outro, não machuca, não magoa, não fere.
Como compreender este tão sublime sentimento? Como explicá-lo?
O amor é abstrato, sem forma e sem cor, tamanho ou textura; é o sentimento em excelência. O amor verdadeiro é puro, é leal, é fiel, é cúmplice e cordial. Ele até pode não ser eterno,mas enquanto dura, permanecem nele as suas mais belas e intrigantes características.
Por Fátima Alcântara
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