quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

AMOR...uma nova forma surge? Pode subsistir?




O homem foi evoluindo com a sociedade, ganhou posições, status, dinheiro, inteligência e desenvolveu uma cultura de que o que realmente importa é ser bem-sucedido diante dos outros seres humanos.
Em busca constante de ser primordialmente o que a sociedade e o mercado exige, teve que abrir mão de algumas coisas, dentre elas dos seus próprios sentimentos, das paixões, dos amores e em alguns casos, até mesmo do laço familiar.
Ainda assim, existem os que resistem á essa forma universal de sobrevivência terrena e se entregam aos sentimentos, mais que às coisas materiais. Estes estão cada vez mais escassos, porque ao encontrar esse amor, deparam com a dificuldade de que a pessoa amada pense da mesma forma e aceite este conceito.
A mídia ainda insiste neste conceito por meio de suas novelas, melodramáticas e ainda com a velha pitada de “Príncipes encantados e Princesas apaixonadas”; trazem todo um enredo de muita paixão (daquelas de cair lágrimas) que a bem do que acontece hoje, ainda mexem com o coração dos mais sentimentais.
Os romances reais são cada vez mais escassos, mas o homem ainda reluta para não viver sem isso; os amores iniciam avassaladores e de repente, do nada, tomam outros rumos, deixando alguém á beira da dor e do sofrimento; isso, sem contar com aqueles amores doentios que matam em nome desse sublime sentimento.
Paira ainda no ar, no fundo, um anseio por se viver este sentimento de forma intensa; eis aí a famigerada e famosa “ solidão”.
Nos dias de hoje, tomam forma um meio de difusão e de aproximação : a internet. Amores construídos ou destruídos por este meio de comunicação são mais frequentes do que a antiga forma : cinema, teatro, passeios, encontros nas praças, etc..
Mas será que estes amores conseguem subsistir á frieza e solidão por trás de um monitor frio e solitário?
Porque não pensar neste sentimento em conjunto com o AMOR? Levado às conquistas e buscas constantes do seu “eu interior”, o homem, em face desta evolução desenfreada, de repente, olha ao seu redor e percebe que há algo que o impede de viver só – a solidão.
O ser humano não foi constituído pra viver só; desde os primórdios do começo da vida terrena, fala-se de alguma forma de relacionamento; não se sabe com veracidade se os primeiros homens, chamados homens das cavernas, sabiam ou sentiam AMOR; o que se pode depreender daquilo que a ciência descobriu é que o amor “ nos tempos das cavernas”, ou seja, na pré-história significava segurança; na antiguidade, admiração; na idade média, castidade; somente na idade moderna, trouxe a idéia de romantismo; hoje, liberdade.
O amor ditou as regras na formação da sociedade desde os tempos das cavernas.
O que é o AMOR? – É um sentimento sem fim, indefinido, que produz uma avalanche de emoções diferentes, muitas vezes antagônicas : felicidade, tristeza, beatitude, raiva, euforia, ansiedade, ciúmes, segurança...não sabemos direito o que ele é, nem como chega ou vai embora.
A ciência tentou, no que foi possível, entender esse sentimento; na paixão somos tomados pela feniletinamina, substância semelhante á anfetamina, que descarrega no cérebro, nos deixa eufóricos e otimistas.
Quando a paixão vira amor, assumem o controle do corpo, os chamados narcóticos da mente, aparentados da morfina, que nos dão tranqüilidade e segurança.
Quando afinal o ser humano descobriu tal sentimento? E qual a influência dele na formação da sociedade?
De acordo com a historiadora REAY TANNAHILL, autora de Sex in History, a descoberta do fogo contribui para a consolidação do amor e da família. Devido a era glacial, o confinamento em cavernas permitiu que sobrevivessem aquecidos em cavernas. Para saber quem seria o detentor do fogo, surgiu a idéia de família.
De acordo com MORTON HUNT, os gregos inventaram o amor; criaram uma palavra para designar este sentimento existente entre o homem e a mulher.
Interessante enfatizar que, na grécia antiga, o amor entre iguais era uma relação superior. Sócrates afirmou sentir um fogo quando via um homem.
Já os romanos, não se apegavam a este sentimento; o amor ganhou contornos de depravação, luxúria e traição. Com a promiscuidade, passou a ser primordial a legitimação dos filhos; daí surgiu a união civil.
Com o advento do cristianismo, entrou pelas portas o AMOR puro, divino e incondicional. O medo dos mandamentos em relação ao amor e ao casamento desencadearam um surto de relações mais seguras, mas nada que a evolução também não derrubaria.
Assim, com todas as evoluções pelas quais o amor passou tiveram vasto efeito nas mudanças circunstanciais deste sentimento que até o entendimento possível da ciência, deveria ser único; afinal não se entende bem como sentimentos (que são por natureza imutáveis) possam mudar de acordo com os costumes, os valores e culturas.
A traição, hoje com um sentido mais intenso nas relações, foi uma forma mais branda em outros tempos, justamente devido à ausência do sentido afinado de AMOR; hoje, traição tornou-se o maior motivo e mais forte de quase todas as relações.
Não se pode explicar a que se deve a traição, mas os motivos são desde insatisfação com a relação vigente até ausência do próprio sentimento em epígrafe.
Mas se alguém afirma amar, porque então trair? Será que este sentimento impede realmente que alguém queira uma segunda pessoa na relação? Será que trair é sinônimo de falta de amor?
De acordo com alguns psicólogos são vários fatores que levam à traição :
- Questões culturais, carências, insatisfação em relação a desejos e expectativas com o parceiro(a), vingança, a busca pelo novo, o estímulo provocado pela sensação de perigo ou mesmo de poder.
Assim sendo, o amor torna uma relação, uma explosão de diversos sentimentos e atos em função deste que muitas vezes transtornam uma pessoa, mas que também, em contrapartida, traz motivações e alegrias quando é bem resolvido e compartilhado entre duas pessoas.
Seja como for, o AMOR, existirá sempre dentro das pessoas em todas as suas formas : Amor materno, paterno, entre irmãos e parentes, amigos e filhos.
Este sublime sentimento tem uma força que passa desapercebida nos dias de hoje, mas que a efeito, faz uma grande diferença, muitas vezes, no final da história.
O grande “ final feliz” explorado pelos textos de novela ainda fazem suspirar os corações do mais bruto dos homens e subtraem lágrimas dos olhos sensíveis das mulheres.
“ O amor é o sentimento mais sublime que existe no ser humano, capaz de ultrapassar barreiras e obstáculos e transformar homens e mulheres”

Por : Fátima Alcântara




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